Uma das variações regionais mais conhecidas e famosas por suas peculiaridades é o “dialeto mineiro”. Embora possua um ritmo mais tranquilo (que lembra um pouco a melodia dos dialetos nordestinos), é uma das variações mais rápidas do país, graças a sua característica de emenda de palavras e de omissão das sílabas finais. (Usando uma famosa brincadeira com os mineiros como exemplo, “onde que eu estou?”, soaria como algo parecido com “o’ queu ´tô?”).
O Termo muito utilizado no vocabulário ou dialeto mineiro é: "trem" e Sugere: Coisa.O debate em questão diz respeito ao termo “trem”. Enquanto o restante do país usa o termo para se referir ao comboio ferroviário, os mineiros o usam para se referir a qualquer coisa, ou seja, os mineiros o usam como sinônimo de “coisa”. Seu uso pode ser ilustrado pela seguinte situação:
Um casal de mineiros de mudança está esperando o trem na estação com todas as suas malas. Ao avistar o trem, o marido fala: “Mulher, pega os trem que a coisa está chegando” (assim mesmo, sem plural). Em Minas Gerais o trem serve até de mote para uma boa história. Com a licença poética e a subjetividade em sua melhor forma, o trem da história nada mais é do que o movimento das manifestações populares que nunca saíram dos trilhos. Cada indivíduo ao entrar no vagão da vida, torna-se um sujeito histórico.
Através da subjetividade, os sujeitos de suas ações se autoproduzem em processos coletivos de natureza econômica, política e cultural na convivência livre com os demais sujeitos sociais.Este sujeito histórico não é algo separado, que interage com a realidade, mas é parte integrante desse meio social e histórico que atua. A educação cumpre esse papel ao contemplar os educandos com os instrumentos que lhes são indispensáveis e pertinentes através do ensino/aprendizagem, possibilitando que todos os sujeitos históricos se apropriem desses meios através da preparação para o trabalho, ingresso e participação crítica na vida social e política identificada em seu movimento histórico, articulada às vontades de todos os outros cidadãos reunidos no mesmo espaço e tempo social.O alicerce ético da humanidade se ajusta no reconhecimento de si mesmo como sujeito (individualidade), na liberdade e na autonomia e se constrói quando o ser humano incorpora estes valores.